quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

NAVAL fora dos nacionais...

 

A vida é um jogo de hóquei em patins (COM VERDADE)

27 de Janeiro de 2013.

Jogo de hóquei em patins disputado entre o Clube Naval Setubalense e o Hóquei Clube de Grândola, no escalão de iniciados, para apuramento para os Nacionais.


Ao intervalo, um resultado de 2 a 2. A esperança e o acreditar que, a uma jornada do fim, ainda era possível ir aos Nacionais passou para a segunda parte… mas apenas por mais um minuto… Logo no início da segunda parte e nesse único minuto, o Clube Naval sofreu 3 golos. Um segundo basta para algo mudar a nossa vida, um segundo basta para ganhar ou perder um jogo.
Mas, tal como na vida, num jogo de hóquei não desistimos de lutar à primeira contrariedade. A resiliência é a chave para cumprirmos os nossos sonhos. A estrelinha da sorte, só por si, ajuda apenas alguns. Até pode acontecer darmos o nosso melhor na defesa e, ainda assim, a bola bater no stick do atleta da nossa equipa e entrar na baliza do nosso guarda-redes. Nesse dia a estrela da sorte não estava connosco.

Na vida iludimo-nos, desiludimo-nos, tentamos, voltamos a tentar, repetimos, aprendemos, desaprendemos, trabalhamos afincadamente e voltamos ao meio campo quando o adversário nos marca golo, seja ele a doença, o desemprego, a desilusão no amor, um mau resultado na escola, ou mesmo um problema no trabalho.
Voltamos sempre ao meio campo para tentarmos lutar pelos nossos sonhos, até ao apito final.
Mas voltar ao meio campo depois da desilusão e retomar o jogo com eficácia é sempre muito difícil. Temos de acreditar que vamos ser capazes de lutar e seguir em frente, senão, estamos sempre a voltar ao meio campo, sem objectivos e sem sucesso.
Por isso, temos de compreender que quando voltamos ao meio campo não estamos apenas a recomeçar; fazemo-lo com o objectivo de derrotar o nosso inimigo, como fez D. Afonso Henriques e muitos mais heróis na nossa história. Marcar no campo de jogo o golo almejado.

Voltar ao meio campo é sentir que ainda há poesia para desbravar, que a magia de saber conjugar o verbo acreditar, no presente, vai traçar o futuro, no jogo e na vida.
Porque voltamos ao meio campo com os nossos adversários à espreita, mas temos os nossos fãs, temos o nosso treinador, temos os nossos colegas que acreditam na equipa, temos muita gente a torcer por nós!
Na vida, uns dias ganhamos e andamos felizes, nem nos importamos com a tristeza dos outros, outros dias perdemos e andamos tristes, e a felicidade dos outros até nos irrita… não é assim?
E cá andamos em cada jogo, a darmos o nosso melhor… a tentarmos a sorte… a estarmos atentos a alguma falha do adversário, aos seus pontos fracos e a olharmos para o relógio à espera de que o jogo acabe… Cá andamos na vida à espera de que o relógio dite as nossas tarefas, os prazos a cumprir, as rotinas. Nos intervalos, lá nos distraímos a sonhar e a esperar que o dia de amanhã seja melhor ...

Na vida os jogos não terminam, e nem sempre sabemos quem são os adversários… e também temos árbitros… que nem sempre são justos e que podem tomar várias formas: o nosso chefe, o colega, o marido, a mulher, os filhos, a mãe, o pai… Os árbitros transformam-se em adversários quando nos contrariam e não nos deixam viver da forma como gostaríamos.
Na vida também temos os treinadores… os que nos dizem como nos devemos comportar, nos ensinam as regras (educadores, professores, pais)... os quais também passam a ser adversários quando nos chamam a atenção por não correspondermos às suas expectativas e nos puxam as orelhas.
E na vida há público? O que aplaude e dá apoio… mesmo quando fazemos tudo bem… é raro… e quando erramos ou perdemos? É praticamente inexistente…. O público que insulta e critica é mais frequente, mas por vezes é silencioso… dá o seu contributo nas nossas costas… e assim o jogo na vida nunca acaba… até ao apito final.
É duro? Quem disse que a vida é fácil? Quem disse que não temos vezes e vezes de voltar ao meio campo e começar tudo de novo, porque o adversário marcou um golo? Mas, enquanto estivermos a jogar, temos de acreditar que é possível marcar um golo, que é possível defender as contrariedades, na vida e no jogo.

Temos apenas que deixar que o sonho atinja as nossas vidas e que a imaginação e o talento voltem sempre a estar connosco, ali, no meio campo, onde recomeçamos sempre para uma nova jogada, e conjugamos o verbo acreditar.

Beatriz Quintas e Graça Couto
 
 
 
PARABÉNS ESTREMOZ - CAMPEÃO REGIONAL 2012 / 2013

2 comentários:

  1. “No que diz respeito ao desempenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio-termo. Ou você faz uma coisa bem-feita ou não faz.”
    “Treina e vencerás! A chave do sucesso é o trabalho.”
    (Ayrton Senna da Silva)

    Um grande abraço para todos
    Jorge

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