Três Escalões. Três Jogos. Três Derrotas. Foi este o balanço das
equipas de Hóquei em Patins do Clube Naval Setubalense nas Meias - Finais da
Taça da Associação Patinagem de Setúbal, realizada no passado Sábado, no
Pavilhão Municipal de Santiago do Cacém.
Disputou-se no passado sábado, no
Pavilhão Municipal de Santigo do Cacém, as meias-finais da Taça da Associação
de Patinagem de Setúbal.
Pela manhã, a equipa de Infantis
do Clube Naval Setubalense defrontou a sua congénere do Hóquei Clube de Portimão,
vindo a perder por 4 bolas a zero. Ao contrário da equipa algarvia, os jovens hoquistas
setubalenses não se conseguiram “encontrar”, demonstrando algum nervosismo e,
sobretudo, a falta de alguma “cabeça fria” no frente-a-frente com o
guarda-redes adversário.
Jogando um hóquei apoiado e com
muita circulação de bola, e equipa setubalense, cedo mostrou ao seu adversário
que estava ali para discutir palmo-a-palmo o resultado, contudo, uma vez mais,
os hoquistas setubalense não conseguiam traduzir em golos a sua supremacia em
campo. O seu hóquei “rendilhado” afundava-se na falta de eficácia dos seus
jogadores.
Ao contrário da equipa
setubalense os hoquistas algarvios defendiam em quadrado, esperando pelo erro
do adversário para partirem, rapidamente, em contra-ataque.
Num desses contra-ataque a equipa
do Boliqueime acabou por inaugurar o marcador, contra todas as perspectivas,
todavia, a equipa do Clube Naval Setubalense pareceu não acusar o golo,
continuando com o seu estilo de jogo e criando ocasiões atrás de ocasiões.
Antes do Intervalo, e culminando
uma excelente triangulação a equipa do Naval empatou a contenda com um
excelente golo do seu hoquista Diogo Rafael. A partir daqui, tudo indicava que,
finalmente, o Naval iria tomar as “rédeas” do jogo e avolumar o resultado. Puro
engano.
Numa decisão precipitada da equipa
de arbitragem, puniu com o cartão azul o jogador setubalense Mário Canas, tudo
se alterou num ápice. Mesmo falhando o livre directo a equipa algarvia não
desarmou e aproveitou bem o facto de o seu adversário estar a jogar com um
jogador a menos para voltar a adiantar-se no marcador.
Na segunda parte, foi tudo mais
na mesma: A equipa do Naval a jogar e a criar várias situações de golo e a
equipa algarvia a defender e a explorar, sempre que podia, o contra-ataque.
Mesmo assim, e numa jogada de
insistência, o Naval voltaria a empatar a partida com um excelente golo do seu
jogador Mário Canas. Uma vez mais, o domínio do jogo pertencia ao Naval. As
oportunidades de golo, surgiam em catapulta e nem mesmo através da marcação de
uma grande penalidade a equipa setubalense conseguia passar para a frente do
marcador. E quem “não mata, morre”, a equipa algarvia acabaria por marcar o
terceiro golo e apurar-se para a final, a ser disputada no próximo fim-de-semana
em Azeitão.

Estava escrito nas “estrelinhas”
que as equipas setubalenses haviam de sair de Santiago sem qualquer vitória,
tanto mais, que além da falta de sorte e da valia dos seus adversários, haveria
de aparecer outro factor externo que iria contribuir para todo o insucesso das
equipas setubalenses, a arbitragem.
Se é verdade que a dupla de
arbitragem não mostrou “arcaboiço” para dirigir um jogo deste escalão, não é menos
verdade que alguns hoquistas setubalenses, e sobretudo, os seus apoiantes,
também eles, contribuíram para as cenas lamentáveis que viriam a acontecer no
decorrer de toda a partida. Entre cartões azuis, vermelhos, livres directos e
grandes penalidades (tudo contra o Naval), salvou-se o bom senso de alguns
atletas que nunca perderam a cabeça e tentaram sempre dignificar a camisola e o
emblema que ostentavam ao peito.
É certo que os erros de
arbitragem foram gritantes e duma dualidade de critérios de bradar aos céus
mas, mesmo assim, nada justifica todas as cenas que assistimos no Pavilhão
Municipal de Santiago do Cacém. O Hóquei merecia outro respeito!
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